Maria Clara Machado, reconhecidamente nossa melhor autora de teatro infantil, “Pluft, o fantasminha” o seu melhor texto. A delicadeza e o respeito com os pequenos e a forma com que conduz a história. Sem rebuscamento, sua linguagem é simples, como é simples a poesia. A fantasia em Pluft estabelece uma ligação perfeita com o real e sua realidade é mágica, fantasiosa. Das muitas leituras e interpretações, que permitem “Pluft”, podemos dizer, sem dúvida, que a montagem do Ceart é um espetáculo que fala principalmente de amizade, de boas amizades e respeito ao amigo. O ser solidário acima de quaisquer medos. A história começa quando o terrível Pirata da Perna-de-Pau rapta a netinha do falecido Capitão Bonança Arco-Íris (a menina Maribel) e sai em busca de um misterioso tesouro. Esse tesouro, deixado como herança para a garota, encontra-se numa casa velha, à beira-mar. Na casa mora Pluft – um fantasminha que tem medo de gente; com sua mãe e seu velho tio Gerúndio. Pluft acaba ficando amigo de Maribel e mostra que, por trás do medo, há um fantasminha de alma generosa e espírito solidário. Mas, mesmo juntos, Pluft e Maribel são muito pequenos para enfrentar o terrível Pirata. Quem poderá salvar a menina?